A jornada da salvação em Jesus Cristo é uma narrativa rica e transformadora que ecoa ao longo das Escrituras, entrelaçando o Antigo e o Novo Testamento em um testemunho de amor e redenção. Começamos com a aliança feita com Abraão em Gênesis 12:1-3, onde Deus promete não apenas bênçãos pessoais, mas uma posteridade que abençoaria todas as nações da Terra. Essa promessa se expande ao longo da história do povo de Israel, refletindo o desejo de Deus em se relacionar com a humanidade.
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À medida que avançamos para o Novo Testamento, encontramos a nova aliança estabelecida por Jesus, conforme descrito em Lucas 22:20, onde Ele diz: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós.” Essa nova aliança não apenas cumpre as promessas feitas a Abraão, mas também oferece perdão e vida eterna a todos que crêem, como declarado em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Neste artigo, convidamos você a explorar essa caminhada de fé, entendendo como cada aliança representa um passo na direção da salvação. Ao refletirmos sobre essas passagens, perceberemos que a salvação não é apenas um evento isolado, mas um convite contínuo para vivermos em comunhão com Deus. Prepare-se para mergulhar em um estudo que ilumina a beleza da relação divina e a esperança que ela traz para nossas vidas.
A Aliança com Abraão
A aliança que Deus fez com Abraão é um marco fundamental na história da salvação. Em Gênesis 12:1-3, Deus chama Abraão e promete fazê-lo uma grande nação, abençoá-lo e fazer com que sua descendência seja uma bênção para todas as nações da Terra. Essa promessa é uma expressão do amor e da fidelidade de Deus, mas também destaca a importância da fé e da obediência de Abraão. Ele não hesitou em deixar sua terra natal, seguindo a direção divina, o que nos ensina que a fé muitas vezes exige coragem e disposição para confiar em Deus, mesmo quando o caminho não está claro.
Essa aliança estabeleceu a fundação para o povo de Israel, que se tornaria o veículo através do qual Deus revelaria Seu plano de salvação. A descendência de Abraão é vista como o precursor da vinda do Messias, Jesus Cristo, que cumpriria as promessas feitas. A fé de Abraão é ressaltada em Hebreus 11:8-10, onde é descrito como alguém que viveu como estrangeiro, esperando a cidade que Deus havia preparado. Essa expectativa é um modelo para todos nós, mostrando que a fé também envolve esperar e confiar nas promessas divinas.
O Tratamento de Deus no Antigo Testamento
A relação de Deus com Israel no Antigo Testamento é marcada por um profundo cuidado e orientação. Após a saída do Egito, Deus estabeleceu as leis mosaicas em Êxodo 20, que não apenas orientavam a vida moral e espiritual do povo, mas também refletiam o caráter santo de Deus. Essas leis foram complementadas pelo papel dos profetas, que eram levantados para chamar Israel ao arrependimento e à fidelidade. Profetas como Isaías e Jeremias não apenas advertiam sobre as consequências da desobediência, mas também anunciavam a chegada de um redentor, oferecendo esperança em meio ao desespero.
A expectativa de um redentor prometido é uma constante nas escrituras hebraicas. Em Isaías 9:6, por exemplo, é anunciado que um menino nasceu, e Ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Essa promessa alimentava a esperança de um futuro onde a justiça e a paz reinariam, preparando o coração do povo para a vinda do Messias.
A Nova Aliança em Jesus Cristo
A vinda de Jesus marca o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, revelando que Ele é o Messias prometido. Em Mateus 5:17, Jesus afirma que não veio para abolir a lei, mas para cumpri-la. Sua vida, repleta de milagres e ensinamentos, reflete o amor e a misericórdia de Deus, mostrando-nos o caminho para a salvação. A morte de Jesus na cruz, descrita em João 3:16, é o clímax dessa história, onde Ele se entrega como sacrifício pelos nossos pecados.
A ressurreição de Jesus é o ponto central da salvação cristã. Em Romanos 1:4, Paulo declara que Jesus foi designado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos. Essa vitória sobre a morte não apenas confirma a divindade de Jesus, mas também oferece a todos nós a esperança de vida eterna e reconciliação com Deus.
Diferenças e Conexões
Ao compararmos o tratamento de Deus nos dois testamentos, percebemos uma transição significativa da lei para a graça. Enquanto o Antigo Testamento enfatiza as leis e os rituais que o povo deveria seguir, o Novo Testamento nos apresenta Jesus como a encarnação dessa graça. Em Efésios 2:8-9, somos lembrados de que “pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus”. A nova aliança, portanto, é vista como a realização plena das promessas feitas a Abraão, onde a salvação é acessível a todos, independentemente de sua origem ou passado.
A Relação entre os Dois Momentos
A continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento é essencial para compreendermos a narrativa coesa de redenção que Deus nos oferece. Cada aliança, cada profecia e cada ensinamento se conecta, formando um todo harmonioso. Jesus é o mediador que une esses dois momentos, cumprindo as promessas divinas e revelando o coração do Pai. Em Hebreus 8:6, lemos que Ele é o mediador de uma nova aliança, que é superior à antiga, pois estabelece um relacionamento íntimo e pessoal com Deus.
Conclusão
A jornada da salvação, que começa com a aliança de Deus com Abraão e se completa na nova aliança em Jesus Cristo, nos ensina sobre o amor e a fidelidade de Deus. A promessa feita a Abraão, em Gênesis 12:1-3, nos mostra que Deus desejava ter um povo especial, que seria uma bênção para o mundo. Essa aliança preparou o caminho para a vinda do Messias.
No Antigo Testamento, Deus deu leis e enviou profetas para guiar Seu povo. Essas leis, como as encontradas em Êxodo 20, mostravam como viver de maneira justa, enquanto os profetas, como Isaías, anunciavam a chegada de um redentor (Isaías 9:6). Essa expectativa culmina na vida de Jesus, que é descrito em Mateus 5:17 como o cumprimento da lei.
Jesus, por sua vez, veio para nos oferecer graça e salvação. Sua morte na cruz e ressurreição, conforme mencionado em João 3:16, nos garantem perdão e vida eterna. Em Efésios 2:8-9, aprendemos que somos salvos pela graça, não por obras, destacando o amor de Deus que nos aceita como somos.
Portanto, a relação entre o Antigo e o Novo Testamento é uma história de esperança e redenção. Jesus une essas duas partes, cumprindo as promessas de Deus e nos convidando a ter um relacionamento pessoal com Ele. Assim como Abraão, somos chamados a ter fé e a obedecer a Deus, confiando que Ele está sempre ao nosso lado.
Que possamos viver com essa esperança, sabendo que fazemos parte do plano de Deus. A história da salvação é também a nossa história, e cada um de nós é importante para Ele. Vamos seguir em frente, confiantes nas promessas que Deus nos fez, buscando sempre estar mais próximos d’Ele.